A relação entre oxigenoterapia hiperbárica e médico infectologista está diretamente ligada ao tratamento de infecções graves e feridas complexas. Embora a OHB seja utilizada por diferentes especialidades, o infectologista possui papel fundamental na indicação e no acompanhamento de pacientes que apresentam quadros infecciosos associados a dificuldade de cicatrização, isquemia ou risco de amputação. Por isso, essa especialidade está entre as mais qualificadas para prescrever a terapia com segurança e assertividade clínica.
O que é oxigenoterapia hiperbárica?
A oxigenoterapia hiperbárica (OHB) é um tratamento realizado em uma câmara pressurizada onde o paciente respira oxigênio puro a uma pressão superior à atmosférica, normalmente entre 2 e 3 ATA (atmosferas absolutas). Sob essas condições, o oxigênio se dissolve em grandes quantidades no plasma sanguíneo, alcançando regiões comprometidas pela má circulação ou pela infecção.
O aumento da oxigenação auxilia no combate a micro-organismos, acelera a cicatrização e estimula a formação de novos vasos sanguíneos (neoangiogênese), tornando a OHB uma ferramenta importante na medicina adjuvante.
O que faz um médico infectologista?
O médico infectologista é o especialista responsável por diagnosticar e tratar doenças causadas por vírus, bactérias, fungos e parasitas. Além de atuar no tratamento medicamentoso, esse profissional também avalia a gravidade das infecções, identifica micro-organismos resistentes e define terapias complementares que potencializem o efeito dos antibióticos.
Por isso, o infectologista tem conhecimento estruturado para avaliar quando a OHB pode ser um recurso adicional decisivo no controle de infecções e na recuperação do paciente.
Indicações de OHB pelo médico infectologista
O infectologista pode recomendar a oxigenoterapia hiperbárica em diversas situações clínicas, especialmente quando há comprometimento tecidual. Entre as principais indicações estão:
- infecções extensas ou resistentes a antibióticos
- gangrena
- osteomielite (infecção óssea)
- feridas crônicas e úlceras diabéticas
- feridas por pressão
- embolia gasosa
- envenenamento por monóxido de carbono
- lesões causadas por radiação
- síndrome compartimental
O uso da OHB deve ser avaliado caso a caso, considerando os riscos, benefícios e condições clínicas do paciente.
Oxigenoterapia Hiperbárica e médico infectologista: como a terapia atua nas infecções?
Um dos principais benefícios da OHB no campo da infectologia é o aumento da eficácia dos antibióticos. Quando a oxigenação tecidual é ampliada, o ambiente se torna mais hostil para micro-organismos anaeróbios e mais favorável para a resposta imunológica. Além disso, a OHB:
- reduz inflamações agudas e crônicas
- melhora a circulação sanguínea
- promove neoangiogênese
- acelera a cicatrização
- diminui o risco de amputação em feridas graves
Por essa razão, o infectologista pode utilizar a OHB como terapia adjuvante em casos complexos, principalmente quando há lesões de difícil recuperação.
Essencial para potencializar o tratamento de infecções
A associação entre oxigenoterapia hiperbárica e médico infectologista é essencial para potencializar o tratamento de infecções graves. A OHB complementa a ação dos antibióticos, favorece a cicatrização e reduz complicações. No entanto, só deve ser utilizada em casos selecionados, com indicação e acompanhamento profissional.