A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central, incluindo o cérebro e a medula espinhal.

Nos Estados Unidos, cerca de 1 milhão de pessoas foram diagnosticadas com EM, segundo um estudo de prevalência de 2019 financiado pela National MS Society. Globalmente, estima-se que 2,3 milhões de pessoas convivam com essa condição.

A EM ocorre quando o sistema imunológico ataca erroneamente as células de mielina, que são as coberturas protetoras dos nervos no cérebro e na medula espinhal.

Esse dano à bainha de mielina interrompe a transmissão de sinais nervosos pelo corpo, afetando funções cruciais como visão, sensação e movimento.

Embora não haja cura para a EM, existem tratamentos disponíveis que ajudam a mitigar os sintomas e diminuir a progressão da doença.

O Que é a Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB)?

A Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB) envolve respirar oxigênio 100% puro dentro de uma câmara hiperbárica monoplace pressurizada.

Durante esse processo, o sangue e os tecidos do corpo recebem um aumento significativo nos níveis de oxigênio, proporcionando inúmeros benefícios, como cura acelerada, redução da inflamação e recuperação mais rápida da fadiga e da dor. 

Esses benefícios são especialmente relevantes para doenças autoimunes como a EM.

Benefícios da OHB para Pacientes com Esclerose Múltipla

Um estudo realizado pelo Multiple Sclerosis National Therapy Centres no Reino Unido, com 703 pacientes, demonstrou a eficácia da OHB em retardar a progressão da EM.

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Os pacientes que receberam cerca de 300 tratamentos de oxigênio hiperbárico a cada quinze dias por 10 a 13 anos observaram uma desaceleração significativa na progressão dos sintomas.

Aqueles que se submeteram a tratamentos mais frequentes, aproximadamente uma vez por semana, experimentaram benefícios ainda maiores.

Apesar da EM ser uma condição incurável, a terapia regular e sustentada com OHB pode mitigar significativamente a deterioração associada à doença, oferecendo um método promissor para o tratamento desta condição crônica.

OHB e Doenças Autoimunes

A oxigenoterapia hiperbárica também tem mostrado resultados promissores no tratamento de outras doenças autoimunes, como Doença de Crohn, diabetes, artrite reumatoide, lúpus e, claro, esclerose múltipla.

Doenças autoimunes comprometem frequentemente a disponibilidade de oxigênio nos tecidos afetados, levando ao estresse celular e disfunção. A OHB fornece níveis elevados de oxigênio ao corpo, promovendo a cura e a regulação imunológica.

OHB e Danos Nervosos

Danos nos nervos, ou neuropatia periférica, ocorrem quando os nervos fora do cérebro e da medula espinhal são prejudicados, causando fraqueza, dormência e dor.

Pacientes com EM podem sentir dor devido a danos nos nervos, afetando áreas como mãos, pés, face, braços e pernas.

Essas sensações dolorosas podem incluir sensibilidade extrema ao toque, coceira e sensações anormais como queimação, pontadas e choque elétrico.

A OHB pode auxiliar na cura de nervos danificados, promovendo a regeneração e o crescimento dos nervos ao melhorar o fluxo sanguíneo e os níveis de oxigênio nas áreas afetadas, apoiando assim a recuperação.

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Considerações Finais

A oxigenoterapia hiperbárica representa uma opção terapêutica promissora para pacientes com esclerose múltipla, oferecendo benefícios significativos na redução da progressão dos sintomas e na promoção da regeneração nervosa.

Os resultados até agora são encorajadores, tornando a OHB uma adição valiosa ao arsenal de tratamentos disponíveis para doenças autoimunes.

Se você ou alguém que conhece está enfrentando os desafios da esclerose múltipla, considere discutir com um profissional de saúde a possibilidade de incorporar a OHB ao plano de tratamento.