Na última quarta-feira (20) a Record TV apresentou uma matéria durante o programa “Fala Brasil” onde relatou o caso de uma jovem de 22 anos que após passar por um procedimento estético, apresentou necrose e quase perdeu parte do nariz.
Necrose indica morte celular ou de tecidos envolvendo também o processo inflamatório no local, em casos de procedimentos estéticos, a necrose ocorre quando muito preenchedor (ácido hialurônico ou lático) é aplicado de uma só vez em uma área de risco, obstruindo um vaso sanguíneo.
Durante a matéria, a jovem explica que só foi possível salvar a ponta do nariz graças ao tratamento na câmara hiperbárica.
A câmara hiperbárica é um equipamento médico em que, dentro dela o paciente respira 100% de oxigênio a uma pressão de 2 a 3 vezes maior que a atmosférica, proporcionando uma saturação - quantidade de oxigênio no organismo, maior, de até 30x mais, gerando um reflexo positivo na recuperação de pele, músculo e ossos danificados.
Em entrevista ao programa “Fala Brasil”, o Dr. Ivan Marinho, médico infectologista e hiperbarista, explicou um pouco sobre a função do oxigênio no organismo.
“O oxigênio tem o papel de estimular a reabilitação das células, tanto para se defender de agentes externos quanto para produzir substrato para cicatrização.”
O tratamento com Câmara Hiperbárica é reconhecido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e consta no rol de procedimentos na ANS, logo possui cobertura obrigatória por convênios médicos.
“A câmara hiperbárica é indicada para todo tecido em sofrimento, seja por infecção grave - chamadas de infecções necrotizantes, seja para feridas complexas de difícil cicatrização, como acontece com o diabético, pacientes com neoplasia e obessos”. Complementa o Dr. Ivan Marinho.
Em média as sessões têm duração de 90 minutos e o número de sessões pode variar de acordo com o tratamento médico indicado.
Confira a reportagem na íntegra aqui!
Muitos estudos estão sendo realizados a respeito da utilização da Câmara Hiperbárica em outras situações, como para recuperação e melhoria do recovery em atletas de alta performance. No Brasil, times de futebol como Flamengo, Cuiabá e Corinthians já possuem o equipamento em seus centros de treinamento.