A Oxigenoterapia Hiperbárica na Cirurgia Vascular tem ganhado cada vez mais relevância na rotina de cirurgiões vasculares e angiologistas, especialmente no tratamento de feridas isquêmicas e complicações circulatórias graves. Em pacientes com doenças vasculares, o fluxo sanguíneo comprometido reduz a oxigenação dos tecidos, dificultando a cicatrização, aumentando o risco de infecções e, em muitos casos, levando à amputação. Nesse cenário, a OHB se destaca como uma terapia adjuvante de alto impacto, capaz de acelerar a recuperação e reduzir drasticamente a necessidade de procedimentos mutilantes.

Por que a Oxigenoterapia Hiperbárica é eficaz na cirurgia vascular?
A Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB) consiste em colocar o paciente em uma câmara pressurizada, na qual ele respira oxigênio puro em alta concentração (entre 2 e 3 ATA). Essa pressão controla a dissolução do oxigênio no plasma, permitindo que ele chegue a regiões com baixa perfusão sanguínea, algo impossível apenas com a respiração em ar ambiente.
Essa oxigenação elevada produz efeitos essenciais no tratamento vascular:
- aumenta o suporte fisiológico para a cicatrização
- reduz a inflamação local
- melhora a resposta imunológica a infecções
- estimula a formação de novos vasos sanguíneos (neoangiogênese)
- potencializa a ação de antibióticos
- diminui edema e dor local
Esses mecanismos são decisivos para salvar membros acometidos por úlceras, gangrenas e feridas isquêmicas.
Indicações da OHB em cirurgia vascular
A terapia pode ser indicada em diferentes cenários clínicos, especialmente quando há risco de deterioração tecidual. Entre as principais indicações estão:
- pé diabético com risco de amputação
- úlcera arterial e úlcera venosa crônica
- gangrena seca ou úmida
- feridas infectadas com má perfusão sanguínea
- lesões pós-revascularização com risco de necrose
- linfedema complicado com infecção recorrente
- síndrome compartimental com lesão tecidual progressiva
Em todas essas situações, a OHB atua como terapia adjuvante, aumentando a viabilidade dos tecidos e reduzindo drasticamente a progressão das lesões.
OHB reduz amputações e melhora prognóstico de feridas vasculares
Diversos estudos mostram que a Oxigenoterapia Hiperbárica tem impacto significativo na redução do índice de amputações em pacientes com pé diabético e gangrena. Ao restaurar o equilíbrio entre oxigenação e perfusão, a terapia permite que o corpo responda melhor às intervenções cirúrgicas e aos tratamentos medicamentosos.
Quando utilizada precocemente, a OHB:
- reduz o tempo de internação
- melhora a cicatrização pós-cirurgia vascular
- diminui complicações infecciosas
- aumenta a taxa de salvamento de membros
Por isso, a abordagem integrada entre cirurgião vascular e equipe de medicina hiperbárica é essencial para obter resultados superiores.
Decisiva no tratamento de úlceras
A Oxigenoterapia Hiperbárica na cirurgia vascular é uma aliada decisiva no tratamento de úlceras, pé diabético e outras lesões de difícil cicatrização. Além de evitar amputações, acelera a recuperação, melhora a resposta imunológica e fortalece o resultado cirúrgico. Para clínicas e hospitais que buscam oferecer terapias de alto valor agregado e impacto clínico comprovado, a OHB é uma escolha estratégica e eficaz.