A Oxigenoterapia Hiperbárica no tratamento do lipedema vem sendo reconhecida como um recurso capaz de melhorar sintomas clínicos, acelerar a recuperação pós-cirúrgica e favorecer a cicatrização. A terapia utiliza oxigênio medicinal sob alta pressão e vem sendo incorporada cada vez mais aos protocolos de reabilitação e acompanhamento de pacientes com lipedema, especialmente após procedimentos como lipoaspiração específica para retirada de tecido adiposo doente. Com resultados comprovados em processos inflamatórios e em lesões que apresentam baixa perfusão, a OHB surge como importante aliada da cirurgia e das terapias conservadoras.

O que é lipedema e por que seu tratamento requer atenção especial?
O lipedema é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo desproporcional de gordura nas pernas, coxas e, em alguns casos, braços. Afeta predominantemente mulheres e costuma surgir durante períodos de alterações hormonais, como puberdade, gravidez e menopausa. Além da mudança estética, o lipedema causa dor, sensibilidade ao toque, edema persistente, hematomas frequentes e sensação de peso constante nos membros afetados.
O diagnóstico do lipedema é clínico e envolve exame físico, histórico médico e avaliação diferencial para excluir condições como linfedema e obesidade. Em muitos casos, o acúmulo de gordura é acompanhado por comprometimento linfático, dificultando ainda mais o manejo da doença.
O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico, incluindo:
- fisioterapia especializada;
- drenagem linfática;
- exercícios de baixo impacto;
- uso de roupas compressivas;
- lipoaspiração específica para lipedema (em casos avançados).
É nesse contexto que a Oxigenoterapia Hiperbárica se destaca, especialmente no pós-operatório e em quadros inflamatórios persistentes.
O que é e como funciona a Câmara Hiperbárica?
A câmara hiperbárica é um equipamento selado no qual o paciente respira oxigênio 100% puro sob pressão elevada, que pode chegar a três vezes a pressão atmosférica ao nível do mar. Nessa condição, o corpo absorve uma quantidade muito maior de oxigênio, que passa a circular dissolvido no plasma sanguíneo — permitindo que ele chegue a áreas com baixa circulação, hipóxia (falta de oxigênio) e inflamação, comuns no lipedema.
Esse processo promove:
- efeito anti-inflamatório;
- aceleração da cicatrização;
- maior aporte de oxigênio a tecidos comprometidos;
- redução de edemas;
- estímulo de colágeno e reparo tecidual;
- melhora da microcirculação e do metabolismo celular.
Trata-se de uma terapia não invasiva, segura e indolor, utilizada há décadas em hospitais e centros especializados.
Como a Oxigenoterapia Hiperbárica auxilia no tratamento do lipedema?
O pós-operatório de cirurgias para lipedema pode apresentar dor intensa, fibroses, risco de infecção e inflamação prolongada. A OHB atua diretamente nos principais desafios após a cirurgia, oferecendo benefícios relevantes:
🔹 Redução do edema
O lipedema já é caracterizado por retenção e inchaço, e a cirurgia pode intensificar esse quadro. A OHB auxilia no controle do edema, acelerando a drenagem de fluidos e melhorando a circulação.
🔹 Ação anti-inflamatória
O ambiente hiperbárico reduz mediadores inflamatórios, diminuindo dor, sensibilidade e hematomas característicos do pós-operatório.
🔹 Formação de novos vasos sanguíneos
A OHB favorece a angiogênese, ampliando a nutrição dos tecidos e prevenindo complicações isquêmicas, como necrose de pele.
🔹 Aceleração da cicatrização
Com mais oxigênio disponível, as células responsáveis pelo reparo tecidual trabalham com rapidez e eficiência, reduzindo o risco de fibroses e cicatrizes inestéticas.
Recurso complementar importante
A Oxigenoterapia Hiperbárica no tratamento do lipedema se destaca como recurso complementar importante tanto para manejo conservador quanto para recuperação pós-cirúrgica. Por reduzir edema, acelerar cicatrização, diminuir inflamações e otimizar o metabolismo tecidual, a OHB melhora o conforto do paciente, favorece resultados estéticos e contribui para um pós-operatório mais seguro.
Profissionais que acompanham pacientes com lipedema podem considerar a terapia hiperbárica como parte de protocolos integrados de tratamento, sempre com avaliação individualizada e acompanhamento especializado.
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