A Oxigenoterapia Hiperbárica na Dermatologia vem ganhando destaque como alternativa terapêutica para doenças de pele que apresentam difícil cicatrização, inflamação persistente ou baixa resposta a tratamentos convencionais. Entre as evidências mais marcantes está o estudo pioneiro publicado no British Journal of Dermatology, em 1972, pelos pesquisadores P.-O. Barr, Wera Enfors e Gunnel Eriksson, que descreveu avanços importantes em pacientes dermatológicos tratados com OHB após insucesso de outros métodos. Desde então, a terapia hiperbárica tem se consolidado como uma abordagem segura, eficaz e relevante no manejo de casos complexos.

Como funciona a Oxigenoterapia Hiperbárica no tratamento de doenças dermatológicas?
A OHB é realizada em uma câmara pressurizada, onde o paciente respira oxigênio 100% puro em alta pressão (geralmente entre 2 e 3 ATA). Isso aumenta de forma exponencial a quantidade de oxigênio dissolvido no plasma, possibilitando que ele alcance tecidos com baixa circulação sanguínea, inflamação intensa ou ulcerações que dificultam a cicatrização.
Esse mecanismo fisiológico favorece processos fundamentais para o tratamento de dermatopatias:
- estímulo à neoangiogênese (formação de novos vasos)
- controle de infecções bacterianas e inflamatórias
- aumento da síntese de colágeno e elastina
- reparo tecidual acelerado
- modulação imunológica
Esses benefícios tornam a OHB especialmente útil em doenças cutâneas graves, ulcerativas ou de origem autoimune.
Estudo destaca a eficácia da OHB em casos dermatológicos resistentes
O estudo publicado no British Journal of Dermatology avaliou pacientes que, após diversos tratamentos sem sucesso, apresentaram melhora significativa com o uso da terapia hiperbárica. Entre os casos de destaque, estão:
🔹 Esclerodermia generalizada avançada
Pacientes com esclerodermia generalizada apresentaram regressão de contração da pele, melhora importante na mobilidade articular e cicatrização de ulcerações persistentes. Estes resultados demonstram impacto direto da OHB na elasticidade cutânea e na microcirculação, elementos críticos na doença.
🔹 Úlceras arterioscleróticas graves sem necessidade cirúrgica
Em pacientes com úlceras de perna arterioscleróticas graves, a OHB permitiu cicatrização completa sem necessidade de cirurgias mutilantes, demonstrando seu potencial como terapia menos invasiva, segura e economicamente vantajosa, reduzindo riscos e tempo de internação.
🔹 Cicatrização em casos graves e de difícil manejo clínico
O estudo descreveu ainda melhorias significativas em casos de pioderma gangrenoso progressivo, úlcera relacionada à síndrome de Felty e erisipela hemorrágica bolhosa fulminante. Em todos, a cicatrização total das ulcerações foi alcançada, mesmo após falhas de outras terapias.
Benefícios adicionais da Oxigenoterapia Hiperbárica na Dermatologia
Além dos resultados terapêuticos, a OHB apresentou vantagens complementares no estudo:
✔ Redução do tempo de hospitalização, permitindo alta precoce e menor exposição hospitalar
✔ Ausência de efeitos colaterais relevantes, reforçando a segurança e tolerabilidade da terapia
✔ Potencial adjuvante a tratamentos medicamentosos, especialmente antibióticos e imunossupressores
Tais benefícios tornam a OHB uma ferramenta estratégica para dermatologistas que buscam ampliar suas possibilidades terapêuticas, especialmente em casos refratários.
Resultados promissores
A Oxigenoterapia Hiperbárica na Dermatologia demonstra resultados promissores no tratamento de condições dermatológicas de difícil controle, oferecendo melhor cicatrização, modulação inflamatória e reparo tecidual mais eficiente. Com evidências documentadas desde 1972 e reforçadas por avanços recentes na medicina hiperbárica, a OHB surge como uma alternativa terapêutica segura, com potencial de complementar ou substituir intervenções invasivas.
Dermatologistas que buscam ampliar seu arsenal terapêutico podem encontrar na câmara hiperbárica uma aliada essencial para o manejo de doenças graves, recidivantes e ulcerativas. À medida que novos estudos avançam, a tendência é que a OHB se torne cada vez mais difundida e integrada à dermatologia clínica moderna.
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