A Oxigenoterapia Hiperbárica tem sido uma opção de tratamento cada vez mais explorada na dermatologia.
Em um estudo pioneiro publicado pelo British Journal of Dermatology em 1972, os pesquisadores P.‐O. Barr, Wera Enfors e Gunnel Eriksson relataram resultados bem-sucedidos no uso dessa terapia em casos dermatológicos nos quais os métodos de tratamento anteriores haviam sido insatisfatórios.
Este artigo examina os benefícios observados em diversos pacientes e destaca a eficácia da Oxigenoterapia Hiperbárica como uma alternativa promissora.
Tratamento de Esclerodermia Generalizada Avançada
Os resultados apresentados foram promissores: houve Regressão da Contração da Pele, Melhora da Mobilidade das Articulações e Cicatrização de Úlceras Persistentes
Um dos casos estudados envolveu um paciente com esclerodermia generalizada avançada.
Após o tratamento com Oxigenoterapia Hiperbárica, observou-se uma regressão significativa da contração da pele proporcionando ao paciente uma melhora notável na mobilidade das articulações.
Além disso, as ulcerações persistentes na pele também apresentaram cicatrização.
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Cicatrização de Úlceras de Perna Arterioscleróticas Graves
Foi constatado uma cicatrização de Úlceras sem necessidade de Cirurgias Mutilantes.
Em dois casos de úlceras de perna arterioscleróticas graves, a Oxigenoterapia Hiperbárica proporcionou cicatrização completa das úlceras, sem a necessidade de procedimentos cirúrgicos mutilantes.
Esse resultado demonstra o potencial da terapia como uma abordagem não invasiva e efetiva no tratamento de úlceras de difícil cicatrização.
Cicatrização Completa de Ulcerações em Casos Graves
Foi relatado durante o estudo que a recuperação/cicatrização foi maior em casos desafiadores que anteriormente (sem o uso da OHB) não apresentou resultados.
No estudo, um caso de pioderma gangrenoso progressivo, úlcera da síndrome de Felty e erisipela hemorrágica bolhosa fulminante foi tratado com Oxigenoterapia Hiperbárica.
Surpreendentemente, a cicatrização completa das ulcerações foi alcançada, trazendo alívio e melhorias significativas ao paciente.
Esse resultado demonstra o potencial da terapia em casos graves e complexos.
Benefícios Adicionais da OHB: Redução do Tempo de Hospitalização e Ausência de Efeitos Colaterais
A Oxigenoterapia Hiperbárica não apenas apresentou resultados positivos nos pacientes estudados, mas também se destacou por dois benefícios importantes:
- Os períodos de hospitalização foram consideravelmente reduzidos, oferecendo aos pacientes uma recuperação mais rápida.
- Não foram observados efeitos colaterais adversos decorrentes do tratamento com Oxigenoterapia Hiperbárica, o que reforça a segurança e a tolerabilidade desta abordagem terapêutica.
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Conclusão
O estudo publicado no British Journal of Dermatology em 1972 destacou os resultados promissores da Oxigenoterapia Hiperbárica no tratamento de casos dermatológicos desafiadores.
Os pacientes submetidos a essa terapia apresentaram melhorias significativas, incluindo regressão da contração da pele, melhora da mobilidade das articulações e cicatrização de úlceras persistentes.
A terapia mostrou-se eficaz na cicatrização de úlceras de perna arterioscleróticas graves e em casos complexos de pioderma gangrenoso, síndrome de Felty e erisipela hemorrágica bolhosa fulminante.
É importante ressaltar que a Oxigenoterapia Hiperbárica oferece benefícios, como a redução do tempo de hospitalização e a ausência de efeitos colaterais adversos.
Esses resultados encorajadores indicam que essa abordagem terapêutica desempenha um papel significativo no campo da dermatologia, oferecendo novas opções de tratamento para condições dermatológicas de difícil manejo.
À medida que a pesquisa nessa área continua a avançar, é fundamental a realização de estudos clínicos adicionais para validar e aprofundar o conhecimento sobre a eficácia e os mecanismos de ação da Oxigenoterapia Hiperbárica na dermatologia.
Com base nos resultados promissores apresentados até o momento, a Terapia Hiperbárica é considerada uma opção viável e segura para pacientes com condições dermatológicas que não respondem adequadamente a outras modalidades de tratamento.
Referência:
Barr, P.‐O., Enfors, W., & Eriksson, G. (1972). Hyperbaric oxygen therapy in dermatology. British Journal of Dermatology, 86(6), 577-582. DOI: 10.1111/j.1365 2133.1972.tb14126.x
Link do estudo: https://academic.oup.com/bjd/article-abstract/86/6/631/6662581?redirectedFrom=fulltext
